Quem tentou pegar o metrô ontem em
alguns lugares se deparou com esta frase: “Estamos em greve”. Tenho certeza que
você deve ter ficado “chateado (a)” com a situação (rsrs).
A greve, juridicamente falando, é um
direito dos trabalhadores. Desde que não extrapolem os limites legais, a “paralisação”
é um meio eficaz de conseguir mudanças, diante da inércia dos empregadores.
Mas, e quando a greve é com Deus? Sim, falo da nossa “greve” para o Senhor.
Nós, assim como os trabalhadores de
alguma categoria, exigimos de Deus mudanças e, quando elas não vêm, resolvemos
cruzar os braços e parar de trabalhar para o Senhor, ou cometemos a atitude mais
comum, que é deixar de falar com Deus, porque Ele não fez o que queríamos.
Esta “paralisação”, na maioria das vezes,
não é intencional, porém é consequência de um coração entristecido com seu
Criador, pois se demonstrou que a vontade de Deus e a do homem praticamente
SEMPRE divergem.
Como é difícil esta situação, uma
vez que não podemos negociar com o Senhor, assim como os trabalhadores fazem
durante as greves. Pelo contrário, somos convidados a aceitar a vontade do Pai,
pois Ele, indiscutivelmente, sabe o que faz.
Talvez você, da mesma forma como eu,
estava ou está em “greve” com Deus, porque, mesmo tendo feito tudo certo, aparentemente
no tempo certo e sentindo que o Senhor “estava naquele negócio”, aquilo que você
planejou não deu aconteceu ou, se aconteceu, não foi do jeito que você
imaginou. Infelizmente, eu não tenho a resposta exata sobre isso, mas tenho um
conselho: acabe com esta greve, porque quem sai perdendo é você!
Amigos (as), a vida com Deus nunca
foi, não é e nunca será fácil, afinal, Ele mesmo disse: “se alguém quiser acompanhar-me,
negue-se a si mesmo, tome DIARIAMENTE a sua cruz e siga-me” (Lucas
9:23). Paulo ratifica esta verdade em 2 Corintios 4: 8-12:
“De todos
os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não
desesperados; somos perseguidos, mas não abandonados; abatidos, mas não
destruídos. Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Cristo, para que a vida
de Jesus também seja revelada em nosso corpo. POIS, NÓS QUE ESTAMOS VIVOS, SOMOS SEMPRE ENTREGUES À MORTE POR AMOR A
JESUS, PARA QUE A SUA VIDA TAMBÉM SE MANIFESTE EM NOSSO CORPO MORTAL. De
modo que em nós atua a morte, mas em vocês a vida”.
O Pai é a nossa fonte de vida e não
podemos deixar de beber desta Água genuína, afinal, “se vocês não comerem a carne do filho do homem e não beberem o seu
sangue, não terão vida em si mesmos” (João 6:53). Claro que Cristo não estava
falando da literalidade das palavras “carne” e “sangue”, mas da comunhão com
Ele, a ponto de escolher passar por TUDO o que ele passou.
Sabemos que o Evangelho é difícil de
ser seguido, entretanto, quando você se encontra com Aquele que impacta a sua
vida de um jeito que você nunca mais se torna o mesmo, não há como ficar em “greve”
por motivos carnais e egoístas. Quem perde em não estar na presença dEle ou falar com Ele sou eu e é você, porque
o Senhor continuará sendo Soberano sobre tudo.
Na época de Jesus não foi diferente
e muitos deixaram de segui-lo. Neste sentido, me lembro de uma passagem muito
marcante, descrita no livro de João 6:60-68:
“Ao
ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: ‘Dura é esta palavra. Quem pode suportá-la?’. Sabendo em seu íntimo
que os seus discípulos estavam se queixando do que ouviram, Jesus lhes
disse: ‘isso os escandaliza? Que acontecerá se vocês virem o Filho do homem
subir para onde estava antes? O Espírito dá vida; a carne não produz nada que
se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida.
Contudo,
há alguns de vocês que não creem’. Pois Jesus sabia desde o princípio quais
deles não criam e quem o iria trair. E prosseguiu: ‘É por isso que eu lhes
disse que ninguém pode vir a mim a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai’.
Daquela hora em diante, muitos dos
seus discípulos voltaram e deixaram de segui-lo.
Jesus perguntou aos Doze: ‘Vocês também não querem ir?’
Simão Pedro lhe respondeu: ‘Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida
eterna’”.
Estes foram os discípulos que
entraram em “greve”, porque Jesus não dizia ou fazia o que ele queriam. Hoje eu
te pergunto: quem é você? Que atitude você vai tomar diante da sua insatisfação
com seu Deus? Vai deixar de segui-lo ou declarar que só o Pai tem palavras de
vida eterna?
Queridos (as), esta palavra veio à
mim primeiro. A martelada foi dada primeiro em mim!
Cessei a “greve”, porque eu não
aguento viver longe destas Palavras que me trazem vida, esperança, consolo,
direção, saúde e salvação! Faça o mesmo hoje! Deixe o orgulho de lado e se
renda à presença do Pai. Sacie sua fome e sede dEle e se submeta aos planos do
Senhor, porque, com certeza, ela sabe o “porquê” e o “quando” de tudo! ;)
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