Jesus estava na Judeia quando
resolveu voltar à Galiléia, no entanto, sabia que “era necessário passar por Samararia” (João 4: 4), que ficava a caminho
de seu destino final.
Sabemos qual
foi o verdadeiro motivo da “parada” em Samaria, posto que existia uma mulher
naquela cidade que precisava ser alcançada pelo evangelho de Cristo (leiam João
4:1-26) e de fato ela foi impactada pela Boa Nova, tanto é que a espalhou por
onde passou (João 4: 27-30).
Logo após esta
situação, Jesus segue seu caminho com os discípulos. Nesse momento eles sentem
fome e pedem comida ao Mestre, que os adverte (João 4: 35-36):
“Vocês
não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os
olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita. Aquele que
colhe já recebe o seu salário e colhe o fruto para a vida eterna, de forma
que se alegram juntos o que semeia e o que colhe”.
A partir daí entramos no assunto
do dia: plantação e colheita, aliás, foi por isso que eu coloquei a foto de uma
plantação de algodão, pois se encaixa perfeitamente ao texto acima.
O algodão, após
todo seu processo produtivo, passa de uma simples semente para uma linda flor
coberta com o material branco, que auxiliará em toda a fabricação de peças
têxteis. Ressalte-se: ele apenas fica branco ao final de seu processo, quando
já está pronto para a colheita!
Nesse sentido,
o Senhor me conduziu à palavra do livro de Apocalipse 4, a saber:
“Depois
dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que
eu tinha ouvido no princípio, falando como trombeta, disse: ‘Suba para cá, e
lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas’. Imediatamente me vi
tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava
assentado alguém. Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe
e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, ao redor
do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e
quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de
ouro. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas
sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. E diante do trono
havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal.
No
centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto
na frente como atrás. O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi,
o terceiro tinha o rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em voo. Cada
um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo
das asas. Dia e noite repetem sem cessar: ‘Santo, santo, santo, o Deus
todo-poderoso, que era, que é e que há de vir’.
Toda
vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado
no trono e que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos se prostram
diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o
sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono, e dizem: ‘Tu Senhor e Deus
nosso, és digno de receber, a glória, a honra e o poder, porque criaste todas
as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas”
Talvez você
pense: “nossa, ela escolheu o livro mais complexo e polêmico da bíblia para
tratar da mensagem de hoje”, porém, saibam que eu relutei muuuuuito para não
escrever sobre ele, tendo em vista as controvérsias sobre cada interpretação,
mas se é da vontade de Deus, que assim seja!
O texto trata
de mais uma visão tida por João (discípulo de Cristo), como foi a descrita em
Apocalipse 1:10. Assim, após a morte de Jesus, bem como posteriormente ao
derramar do Espírito Santo, João e os outros discípulos tiveram suas vidas viradas “de
cabeça para baixo”.
Depois de
alertar as igrejas de Éfeso, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia
através de cartas, o discípulo “amado” de Cristo teve o privilégio de ser arrebatado
espirituamente para contemplar a glória de Deus e relatar tudo o que percebia daquela
visão.
Nessa
ocasião ele viu o trono do Deus Vivo, que parecia com pedras preciosas de jaspe
e sardônio, envolto por um arco-íris semelhante à esmeralda. Desse trono
saíam relâmpagos, vozes de trovões, assim como o salmista disse em Salmos 18: 13-14
quando falava que “dos céus trovejou o Senhor, o Altíssimo fez ressoar a sua voz. Lançou
setas e dispersou os inimigos, fulminou relâmpagos e os desbaratou”.
Entre esse
trono havia algo parecido com um mar de vidro,claro como cristal. Assim,
lembramos um utensílio do Templo chamado “mar de fundição” (2 Crônicas 4:1-6). Ele
era uma espécie de vaso grande de cobre que ficava entre o altar e a tenda da
congregação, feito com os espelhos das mulheres que se reunião e ministravam aporta
da tenda da revelação (sim, elas entregaram esse bem tão valioso em prol do Templo!).
Antes de
tudo, lembre-se: primeiro vinha átrio onde quaisquer pessoas poderiam ficar;
depois o lugar santo, onde ficava o altar do incenso e apenas alguns
poderiam entrar; e, o santo dos santos, onde apenas o sumo sacerdote
tinha acesso. Com isso, vemos que havia uma separação entre o povo e a presença
de Deus, todavia, tudo o que separava (p.ex. o véu do templo que impedia a passagem
das pessoas para terem acesso a Deus), não separou mais depois que Jesus morreu
na cruz por nós e hoje temos livre
acesso ao Pai (Mateus 27:51, Marcos 15:38 e Lucas 23:45).
Ao lado de
tanta beleza do “trono central”, João também avistou 24 outros tronos em volta
de um trono principal, que pertenciam aos 24 anciãos. Portanto, em relação os
anciãos, existe divergência quanto às suas respectivas pessoas, uma vez que “alguns entendem ser 12 tribos de Israel,
representando o povo de Deus no Velho Testamento, mais 12 apóstolos,
representando o povo dele no Novo Testamento, dando um total de 24. Outros
sugerem 24 como o número de turnos de sacerdotes no Velho Testamento (veja 1
Crônicas 24:1,7-19). Assim entendemos o reino de sacerdotes (1:6) ou sacerdócio
real (1 Pedro 2:9) composto de pessoas que entram “na
Casa do Senhor” (1 Crônicas 24:19)”. Contudo, seja como for, o resultado é o mesmo:
significam o povo de Deus.
Estes anciãos utilizavam vestidos
brancos e uma coroa sobre suas cabeças, simbolizando a pureza que devemos obter
para podermos entrar no céu., afinal, “sem santidade, NINGUÉM verá a Deus”
(Hebreus 12:14).
Posteriormente, João vislumbra o que
chama de quatro seres viventes: um leão (Evangelho de Mateus), um boi
(Evangelho de Lucas), um homem (Evangelho de João) e uma águia (Evangelho de Marcos).
Isso também é controverso, contudo, filiamo-nos ao entendimento de que eles são
a expressão de Jesus: o primeiro representando a sua autoridade de Leão da Tribo
de Judá, o segundo como simbolismo de força, como consta no livro de Isaías 53
(quando levou nossas enfermidades), o terceiro expressando Jesus como filho de
Deus em forma de homem e, por último a águia, demonstrando Jesus como um visionário
e missionário do Reino de Deus aqui na terra.
Dessa forma, verificamos ao final do
capítulo lido a mais bela cena a ser contemplada por nossos olhos (Ap. 4:
9-11): Jesus, representado pelos seres viventes, dando toda honra, glória e ações
de graças ao ÚNICO Deus. Se não bastasse isso, nesse momento, TODOS os
anciãos (povo de Deus) se prostram diante do Trono, lançando suas coroas
perante o Senhor.
Imaginem irmãos, Jesus, o filho de Deus, engrandecendo ao
nome do Senhor e os anciãos, irresistíveis à presença do Pai, se dobram perante
o seu trono, largando tudo o que têm de mais precioso (suas coroas) e dizendo: Tu Senhor e Deus nosso, és
digno de receber, a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas,
e por tua vontade elas existem e foram criadas”. Enfim, todos prestando a
melhor adoração ao Rei dos Reis.
O motivo
pelo qual eu dei toda essa “volta” (ou para alguns, "viajei na maionese") foi para dizer que, assim como algodão, nós
passamos por um processo de purificação até nos tornarmos “brancos”. Esse
processo se chama: vida! Por isso eu venho te dizer que vale a pena seguir a
Cristo, para que um dia, quando os “campos estiverem brancos” de servos e
servas fiéis a Deus, Ele nos recolherá às suas mansões celestiais para que junto
com os seres viventes e os anciãos prestemos a mais sublime adoração ao Pai
diante de seu Trono!
Então, eu te
pergunto: você está pronto (a) para virar um algodão? hehe.
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