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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

VOCÊ ESTÁ PRONTO (A) PARA VIRAR UM ALGODÃO?


            Jesus estava na Judeia quando resolveu voltar à Galiléia, no entanto, sabia que “era necessário passar por Samararia” (João 4: 4), que ficava a caminho de seu destino final.
         Sabemos qual foi o verdadeiro motivo da “parada” em Samaria, posto que existia uma mulher naquela cidade que precisava ser alcançada pelo evangelho de Cristo (leiam João 4:1-26) e de fato ela foi impactada pela Boa Nova, tanto é que a espalhou por onde passou (João 4: 27-30).
         Logo após esta situação, Jesus segue seu caminho com os discípulos. Nesse momento eles sentem fome e pedem comida ao Mestre, que os adverte (João 4: 35-36):

“Vocês não dizem: ‘Daqui a quatro meses haverá a colheita’? Eu lhes digo: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita. Aquele que colhe já recebe o seu salário e colhe o fruto para a vida eterna, de forma que se alegram juntos o que semeia e o que colhe”.

            A partir daí entramos no assunto do dia: plantação e colheita, aliás, foi por isso que eu coloquei a foto de uma plantação de algodão, pois se encaixa perfeitamente ao texto acima.
         O algodão, após todo seu processo produtivo, passa de uma simples semente para uma linda flor coberta com o material branco, que auxiliará em toda a fabricação de peças têxteis. Ressalte-se: ele apenas fica branco ao final de seu processo, quando já está pronto para a colheita!
         Nesse sentido, o Senhor me conduziu à palavra do livro de Apocalipse 4, a saber:

“Depois dessas coisas olhei, e diante de mim estava uma porta aberta no céu. A voz que eu tinha ouvido no princípio, falando como trombeta, disse: ‘Suba para cá, e lhe mostrarei o que deve acontecer depois dessas coisas’. Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém. Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono, ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. E diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal.
No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás. O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha o rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em voo. Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: ‘Santo, santo, santo, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir’.
Toda vez que os seres viventes dão glória, honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo o sempre, os vinte e quatro anciãos se prostram diante daquele que está assentado no trono e adoram aquele que vive para todo o sempre. Eles lançam as suas coroas diante do trono, e dizem: ‘Tu Senhor e Deus nosso, és digno de receber, a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas”

            Talvez você pense: “nossa, ela escolheu o livro mais complexo e polêmico da bíblia para tratar da mensagem de hoje”, porém, saibam que eu relutei muuuuuito para não escrever sobre ele, tendo em vista as controvérsias sobre cada interpretação, mas se é da vontade de Deus, que assim  seja!
            O texto trata de mais uma visão tida por João (discípulo de Cristo), como foi a descrita em Apocalipse 1:10. Assim, após a morte de Jesus, bem como posteriormente ao derramar do Espírito Santo, João e os outros discípulos tiveram suas vidas viradas “de cabeça para baixo”.
            Depois de alertar as igrejas de Éfeso, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia através de cartas, o discípulo “amado” de Cristo teve o privilégio de ser arrebatado espirituamente para contemplar a glória de Deus e relatar tudo o que percebia daquela visão.
            Nessa ocasião ele viu o trono do Deus Vivo, que parecia com pedras preciosas de jaspe e sardônio, envolto por um arco-íris semelhante à esmeralda. Desse trono saíam relâmpagos, vozes de trovões, assim como o salmista disse em Salmos 18: 13-14 quando falava que “dos céus trovejou o Senhor, o Altíssimo fez ressoar a sua voz. Lançou setas e dispersou os inimigos, fulminou relâmpagos e os desbaratou”.
            Entre esse trono havia algo parecido com um mar de vidro,claro como cristal. Assim, lembramos um utensílio do Templo chamado “mar de fundição” (2 Crônicas 4:1-6). Ele era uma espécie de vaso grande de cobre que ficava entre o altar e a tenda da congregação, feito com os espelhos das mulheres que se reunião e ministravam aporta da tenda da revelação (sim, elas entregaram esse bem tão valioso em prol do Templo!).
            Antes de tudo, lembre-se: primeiro vinha átrio onde quaisquer pessoas poderiam ficar; depois o lugar santo, onde ficava o altar do incenso e apenas alguns poderiam entrar; e, o santo dos santos, onde apenas o sumo sacerdote tinha acesso. Com isso, vemos que havia uma separação entre o povo e a presença de Deus, todavia, tudo o que separava (p.ex. o véu do templo que impedia a passagem das pessoas para terem acesso a Deus), não separou mais depois que Jesus morreu na cruz por nós  e hoje temos livre acesso ao Pai (Mateus 27:51, Marcos 15:38 e Lucas 23:45).
            Ao lado de tanta beleza do “trono central”, João também avistou 24 outros tronos em volta de um trono principal, que pertenciam aos 24 anciãos. Portanto, em relação os anciãos, existe divergência quanto às suas respectivas pessoas, uma vez que “alguns entendem ser 12 tribos de Israel, representando o povo de Deus no Velho Testamento, mais 12 apóstolos, representando o povo dele no Novo Testamento, dando um total de 24. Outros sugerem 24 como o número de turnos de sacerdotes no Velho Testamento (veja 1 Crônicas 24:1,7-19). Assim entendemos o reino de sacerdotes (1:6) ou sacerdócio real (1 Pedro 2:9) composto de pessoas que entram “na Casa do Senhor” (1 Crônicas 24:19)”. Contudo, seja como for, o resultado é o mesmo: significam o povo de Deus.
         Estes anciãos utilizavam vestidos brancos e uma coroa sobre suas cabeças, simbolizando a pureza que devemos obter para podermos entrar no céu., afinal, “sem santidade, NINGUÉM verá a Deus” (Hebreus 12:14).
         Posteriormente, João vislumbra o que chama de quatro seres viventes: um leão (Evangelho de Mateus), um boi (Evangelho de Lucas), um homem (Evangelho de João) e uma águia (Evangelho de Marcos). Isso também é controverso, contudo, filiamo-nos ao entendimento de que eles são a expressão de Jesus: o primeiro representando a sua autoridade de Leão da Tribo de Judá, o segundo como simbolismo de força, como consta no livro de Isaías 53 (quando levou nossas enfermidades), o terceiro expressando Jesus como filho de Deus em forma de homem e, por último a águia, demonstrando Jesus como um visionário e missionário do Reino de Deus aqui na terra.
         Dessa forma, verificamos ao final do capítulo lido a mais bela cena a ser contemplada por nossos olhos (Ap. 4: 9-11): Jesus, representado pelos seres viventes, dando toda honra, glória e ações de graças ao ÚNICO Deus. Se não bastasse isso, nesse momento, TODOS os anciãos (povo de Deus) se prostram diante do Trono, lançando suas coroas perante o Senhor.
         Imaginem irmãos, Jesus, o filho de Deus, engrandecendo ao nome do Senhor e os anciãos, irresistíveis à presença do Pai, se dobram perante o seu trono, largando tudo o que têm de mais precioso (suas coroas) e dizendo: Tu Senhor e Deus nosso, és digno de receber, a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas”. Enfim, todos prestando a melhor adoração ao Rei dos Reis.
            O motivo pelo qual eu dei toda essa “volta” (ou para alguns, "viajei na maionese") foi para dizer que, assim como algodão, nós passamos por um processo de purificação até nos tornarmos “brancos”. Esse processo se chama: vida! Por isso eu venho te dizer que vale a pena seguir a Cristo, para que um dia, quando os “campos estiverem brancos” de servos e servas fiéis a Deus, Ele nos recolherá às suas mansões celestiais para que junto com os seres viventes e os anciãos prestemos a mais sublime adoração ao Pai diante de seu Trono!
            Então, eu te pergunto: você está pronto (a) para virar um algodão? hehe.

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